sexta-feira, 20 de novembro de 2009

SEMANA PÓS-MATRIMONIAL - 7


A IGREJA DOMÉSTICA: FRUTO E SERVIDORA DA EVANGELIZAÇÃO

“Quem recebe um desses pequeninos a mim recebe, e quem me recebe, recebe aquele que me enviou.”. Receber Cristo não é uma tarefa opcional. É uma das mais urgentes necessidades do coração humano. Hoje, o mundo propõe muitas vias, muitas técnicas, muitas filosofias que se apresentam como capazes de fazer o homem feliz. Elas vêm e vão, deixando quem as segue desiludidos e confusos. Receber Cristo é a necessidade fundamental para a nossa própria realização.

E quem pode fazer com que nasça, cresça e viva Cristo em nós? Quem poderá fazer com que Cristo crie em nós raízes que nada pode arrebatar? Poderíamos citar a Igreja, a Bíblia, a Eucaristia, a Virgem Maria... mas há um agente, sem dúvida insubstituível, nessa tarefa: A FAMÍLIA. Ela tem a tarefa de fazer seus membros crescerem não apenas na dimensão física, mas na vida em Deus. É a mãe que ensina o filho a rezar, o pai que dá os conselhos éticos e morais, os irmãos que ensinam a partilhar... A família é a primeira edificadora do Reino de Deus na terra, verdadeira escola de fé!
(Card. D. Norberto Rivera, Arcebispo Primaz do México, do livro: Família, sé Fuerte!)

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

SEMANA PÓS MATRIMONIAL - 6


DEZ MANDAMENTOS DO CASAL
1 - Nunca dramatizar os defeitos, mas saber elogiar as qualidades.

2 - Nunca gritar um com outro, nem fechar-se, mas sempre dialogar.

3 - Saber ceder, saber perder, saber recomeçar, perdoando sempre.

4 - Dizer a verdade com amor.

5 - Nunca humilhar principalmente diante de outras pessoas.

6 - Não culpar, nem ridicularizar o outro recordando erros do passado.

7 - Nunca ser indiferente, gelando o outro.

8 - Nunca ir dormir sem perdoar.

9 - Admitir as próprias limitações e procurar melhorar. Autocrítica.

10 - Rezar juntos, rir juntos, passear juntos, e não discutir nunca.
(Padre Léo)

terça-feira, 17 de novembro de 2009

SEMANA PÓS MATRIMONIAL - 5


COMUNHÃO CONJUGAL: FUNDAMENTO DA COMUNIDADE FAMILIAR


A união dos esposos é o fundamento da comunidade familiar. Ela é a origem da verdadeira família, ainda que, por vezes, nos esqueçamos disso. Caímos num grave erro quando deixamos de lado o trabalho contínuo para fortalecer o vínculo do casal depois da celebração do sacramento do matrimônio. Essa união requer, de fato, por parte do casal, um esforço contínuo por meio da fidelidade cotidiana à promessa que fizeram de serem um do outro por toda a vida.

Deploravelmente, observamos que nem sempre a comunhão entre os esposos acontece por causa de um grande mal: a INFIDELIDADE. A doação que ocorre entre homem e mulher não admite exceções: é total e exclusiva!

Por um lado, vemos os casais que são vêem saída através do DIVÓRCIO: sofrem eles, e mais ainda, os filhos. Lamentavelmente, em uma sociedade tão permissiva quanto a nossa, faz-se urgente recordar que infidelidade e divórcio não são atitudes aprovadas por Deus!
Mas, por outro lado, vemos os exemplos de tantos homens e mulheres que permanecem fiéis!

Outra deformação da comunhão conjugal são as UNIÕES LIVRES que empurram os jovens a viverem juntos sem estabelecer nenhum compromisso social ou religioso. Refletem a imaturidade de quem não é capaz de criar vínculos. Não se pode brincar com a comunhão conjugal e quem se arrisca, pode colher graves conseqüências pessoais e familiares.

Para isso, o Apóstolo São Paulo dá a regra: “Sejam sempre humildes e amáveis, sejam compreensivos e suportem-se mutuamente no amor.”. E, se achamos difícil viver isso, o próprio Deus vem em nosso auxílio. Como diz o Salmo: “A ti, Senhor, se voltam nossos olhos e tu nos dás alimento ao seu tempo. Abris vossas mãos generosas e todos se saciam.”

(Card. D. Norberto Rivera, Arcebispo Primaz do México, do livro: Família, sé Fuerte!)

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

SEMANA PÓS MATRIMONIAL - 4


Família e Sociedade
(Dom Petrini, por ocasião da 1ª Peregrinação Nacional das Famílias à Aparecida, maio 09)


A melhor maneira de viver o amor que leva à nossa plena realização – desígnio de Deus para o ser humano – é a família constituída por marido, mulher e seus eventuais filhos. Mesmo com toda a “propaganda negativa”, em recente pesquisa 97% dos brasileiros afirmaram reconhecer a família como um valor, um bem precioso. A mídia não é mais poderosa do que a experiência de se viver o amor em família.
Mas há dificuldades... a família parece não interessar ao mundo pós-moderno... A Igreja solidária com os sofrimentos da família, convocou esta peregrinação para evocar a proteção de Nossa Senhora Aparecida sobre as famílias e nos ajudar a refletirmos sobre este precioso bem.
Por algum tempo, parecia que a sociedade em si era mais importante do que os valores do Cristianismo. Assim, vem se instaurando o caos ético-moral que ataca principalmente o seio das famílias.

Família e virtudes humanas e cristãs
A família é lugar privilegiado para se resgatar a perda das virtudes sociais que geram corrupção, violência, etc. , É o espaço para se adquirem hábitos, valores, critérios e atitudes decisivas para a formação da identidade pessoal e relacional.
O capital humano da sociedade é gerado pelas virtudes transmitidas na família. É nela que os adolescentes e jovens começam a vislumbrar metas, projetos e um sentido para suas vidas. Os valores e virtudes familiares são transferidos para as diversas situações sociais. Se a família falhar na sua missão, esses valores essenciais vão faltar na sociedade. Onde se aprenderá, por exemplo, a confiança? Vendo televisão? No banco da universidade?

O ser humano se realiza no amor
O ser humano só se realiza através das relações. Não apenas o nosso corpo, mas a nossa personalidade á formada a partir de relações. Pensa-se muito em políticas pública voltadas para indivíduos, esquecendo-se de suas relações familiares.
Uma pessoa pode nascer em qualquer lugar... mas é muito mais saudável que nasça numa família que o acolha. É possível “amar” e procriar de qualquer jeito... mas é muito mais humano gerar uma vida como fruto de um amor conjugal. Uma pessoa pode morrer de qualquer jeito... mas é muito mais digno partir cercado por uma família zelosa.

A família é construção da cultura ou dado originário?
A família é uma invenção? Sendo assim, ela não poderia ser “reinventada” do jeito que quiséssemos, sem necessidade de respeitar o que veio do passado? Não é bem assim.
A família não é uma invenção, mas uma resposta a uma estrutura antropológica inata ao ser humano para suprir suas necessidades biológicas e psicológicas mais básicas. Ela é o único vínculo que envolve a doação da totalidade do ser

A diferença entre “amor” e “amar”
O amor é um afeto, um sentimento inesperado, que começa e acaba espontaneamente. Amar é uma decisão racional que envolve a vida inteira. É a base objetiva e estável da família. Não se podem banalizar as relações familiares ao mero nível da afeição, de sentimentos passageiros que mais cedo ou mais tarde morrem...

Por que é importante casar?
As relações humanas baseadas no afeto são muito instáveis. As simples “uniões de fato” revelam que as pessoas envolvidas não querem dar garantias de que se empenharão a vida toda para manter aquele relacionamento.
Casar juridicamente fortalece as relações entre o casal para que sejam preservados os aspectos positivos da vida conjugal. E casar na Igreja significa reconhecer que aquela união é desígnio de Deus. Jesus se torna presente na vida do casal, com sua potência divina, que os ajuda a vencer todo desânimo e fraqueza.
Todas as formas familiares são iguais? Ora, há diferenças nas uniões de fato que não podemos ignorar: “Se não der certo, a gente se separa...”, a vida do casal, a educação dos filhos fica na dependência de sentimentos meramente humanos... Famílias jurídica e religiosamente constituídas são socialmente mais confiáveis para garantir a educação dos filhos e a proteção dos idosos.
As políticas governamentais deveriam proteger e investir mais na manutenção deste tipo de família, porque é as famílias bem constituídas são mais úteis à sociedade, são as que mais contribuem para a paz.

Medidas para fortalecer a família
O Papa Bento XVI, aqui em Aparecida, pedia uma Pastoral Familiar “intensa e vigorosa”. Cabe a nós criar e incentivar uma “cultura da família”, uma mentalidade que mostre a família como algo desejável para o bem-estar de todos. Como? Não por imposição, mas por atração, pelo testemunho das nossas próprias famílias, divulgando como é importante a boa convivência familiar nas nossas comunidades, escolas, etc... Além disso, precisamos lutar por políticas “AMIGAS DA FAMÍLIA”, isto é, políticas de habitação, emprego, educação, que priorizem os pais e mães de família; meios de comunicação amigos da família, que evitem programas que denigram a imagem familiar; empresas amigas da família, que vão “pensar duas vezes” antes de demitirem pais de família para cortar seus custos.
Formar, enfim, uma SOCIEDADE AMIGA DA FAMÍLIA, também é tarefa nossa, testemunhando e multiplicando a idéia de uma cultura da família, bem como fortalecendo os movimentos familiares.

domingo, 15 de novembro de 2009

SEMANA PÓS MATRIMONIAL - 3


ROTEIRO PARA RESTAURAÇÃO DA FAMÍLIA
(Anotações a partir da palestra proferida por Pe. Léo – 11-06-2005)

Começamos a partir de Mt 13, 24-30 – a parábola do joio e do trigo.
Essa parábola nos traz elementos importantíssimos que compõem um roteiro de restauração da família. Peçamos ao Espírito Santo que no ajude a compreender isso, pois o papa João Paulo II já dizia que a família é a grande parábola do que é verdadeiramente o Reino de Deus, e, segundo, porque essa palavra é dirigida ao pai de família, o que lhe dá um contexto bem familiar. Vejamos os pontos importantes

1. A família é projeto original de Deus
Que tipo de semente o homem semeou? Jesus afirma duas vezes que a semente era boa, ou seja, na sua origem não há nenhum problema: a família é sempre boa. A primeira idéia que nós precisamos ter para assumirmos o compromisso de restaurar a família. Mas o demônio quer passar a idéia de que matrimônio, família são sementes ruins.
Se, antigamente, as motivações para o casamento eram: sair de casa, ter intimidade sexual, gerar filhos para ajudar na mão de obra do campo... por que depois que tudo isso desapareceu enquanto necessidade as pessoas continuam casando? E muito menos na Igreja? Os números vêm diminuindo, mas, no Brasil, ainda acontecem mais de 800 mil casamentos por ano. Por que, então? Porque a semente é boa! Desde a criação do homem e da mulher ele já tinha o projeto original do matrimônio como dom, foi feito na intenção original. Homem e mulher criados à imagem e semelhança de Deus que é família e amor.
Ao perguntarem a São Tomás de Aquino se Adão e Eva se uniram sexualmente no paraíso, ele respondeu que não se uniram, foi por falta de tempo. Mas se se uniram foi a melhor de todas as vezes. Ora, foram criados para exercerem sua sexualidade. Deus viu que tudo era bom. A Igreja continua acreditando nessa verdade. O matrimônio abre e fecha as Sagradas Escrituras (Gen, 1, 26 e Apc 22, 17). O matrimônio está no ápice da criação, no ápice da salvação e no ápice da santificação (cf. (I Ts 4, 9-10)..O matrimônio não é castigo: é semente boa!

2. Se o casal não for vigilante...
Aí, vem a pergunta dos ceifadores: se o senhor semeou semente boa, por que o joio foi aparecer no meio? Talvez muitos casais se façam essa pergunta sobre o seu matrimônio. Por que eu sofro tanto no casamento? Por que meu marido/ minha esposa é assim? Por que eu sofro desde o primeiro dia de casada? Por que meu cônjuge é joio? A explicação é a mesma que Jesus deu: foi o inimigo, que semeou o joio na hora que eles repousavam.
Semeou o joio no meio do trigo: no meio do casal. Como Jesus em Mt 18, 19-20 “Quando dois ou mais estiverem reunidos em meu nome, eu estarei aí no meio deles.” O sonho do diabo é viver no meio do casal, daí vem diabolos aquele que atravessa pelo meio, separando duas realidades, formando uma barreira. Ao semear no meio ele separa os dois. Semeou o joio e foi embora, aproveitando-se que o casal estava descansando, dormindo, ou seja, relaxado, acomodado... Esquecem-se de que quem ama cuida e se cuida. João Paulo II afirma que o matrimônio é uma realidade dinâmica que se realiza dia a dia, se exerce todos os dias.
Nas bodas de Caná, o mestre de cerimônias diz: “É costume servir primeiro o vinho bom...”. Na vida a dois também é assim: na época do namoro, há romance, preocupação com aparência, se quer estar junto o tempo todo... E quando não se é vigilante, o inimigo já está pertinho do casal com um punhado de sementes de joio. Quantos casais namoram tanto tempo, casam e logo depois se separam. Mas sabemos que Jesus serve o vinho melhor.
O joio tem uma característica terrível: é uma planta muito parecida com o trigo. Quem não conhece direito, acharia que os dois são a mesma coisa. O demônio – inteligente – usa-se de coisas muito parecidas com realidade do casamento.
Cada um pode tornar-se um misto de joio e de trigo se não formos vigilantes. Ninguém é ruim na sua origem, mas por causa dos revezes da vida, das nossas fraquezas, das mágoas que sofremos, das derrotas, acabamos nos tornando um pouco joio para o outro, sem querer. Mas, na origem, somos todos semente boa, de bom trigo. Quantas vezes só enxergamos o joio em nosso matrimônio, em nossa família.

sábado, 14 de novembro de 2009

SEMANA PÓS-MATRIMONIAL - 2


A FAMÍLIA: FRUTO DA RECÍPROCA DOAÇÃO CONJUGAL
Quem não quer sentir a alegria interior de saber-se amado? Com que facilidade hoje se diz: “Eu te amo!” sem nem saber o que se está dizendo de fato. Como está deturpada a palavra “amor”. Deveríamos nos perguntar se sabemos realmente o que significa o amor, que pode ser confundido com um sentimento como outro qualquer, com uma atração física que impele ao ato sexual...
Mas dizia João Paulo II que o amor verdadeiro toca o núcleo íntimo da pessoa humana, que só se realiza quando é parte do amor. O amor, especialmente entre o homem e a mulher, não pode existir sem a vontade decidida de se amarem por toda a vida (cf. Gaudium et Spes 48).
Um amor que se apresenta perante Deus no sacramento do matrimônio, que não abandona o outro quando se enfrenta a dificuldade... Poderíamos dizer que o que falta hoje para a plena vivência do amor matrimonial e familiar é a decisão de amar e de faze-lo para toda a vida.
A verdade é que o matrimônio é o único lugar do amor pleno entre um entre um homem e uma mulher e, frente ao permissivismo de hoje em dia, a Igreja afirma que a doação física total (na relação sexual) seria um engano se não fosse símbolo e fruto de uma doação total da pessoa.
Não podemos ter medo de anunciar essa verdade, pois já temos o alerta de Cristo que sabia que muitos não a aceitariam: “Se alguém não vos receber...”.
A sociedade engana-se a si mesma ao considerar que a família se rebaixe a uma simples convivência de casais ou companheiros.
(do Livro Família, sé fuerte!, do Cardeal D. Roberto Rivera)

SEMANA PÓS-MATRIMONIAL - 1


Começamos nossa semana de formação do Setor Pós-Matrimonial com uma super dica para nossos blogeiros. O pediatra e mestre em Educação Jorge Montardo tem um blog bem interessante que aborda diversos aspectos da formação de crianças e adolescentes e que podem ajudar muito no relacionamento pais e filhos.

O endereço é: montardo-ap.blogspot.com

É possível aproveitar diversos artigos. Vale a pena conferir!

"Família, torna-te aquilo que és!" (João Paulo II)