sexta-feira, 20 de maio de 2011

Dia 15 de maio- Dia Internacional da Família



FAMÍLIAS CRISTÃS NA PRAÇA SÃO PEDRO:


Uma grande "Igreja doméstica"


(Encontro com o beato João Paulo II)


"Prezadas famílias desta amada nação, que vos reunistes em Roma para confirmar a vossa fé e a vossa vocação, saúdo cada uma de vós, esteitando-vos num grande abraço. Saúdo também as famílias hóspedes, provenientes de vários países do centro-leste europeu, com as quais agora me encotro. Dirijo a minha saudação ao cardeal Camillo Ruini,presidente da Conferência Episcopal Italiana, aos outros senhores cardeais e bispos aqui presentes, assim como às autoridades políticas e civis.
É com grande afeto que vos recebo a todos nesta praça, coração da Igreja Uuniversal. Nesta tarde, raças à alegre presença de muitas famílias cristãs, ela transforma-se numa grande Igreja doméstica. Agradeço-vos a vossa calorosa saudação e a alegria que me proporcionais fazendo-me sentir, por minha vez, acolhido no vosso coração.

Para este encontro, escolhestes o tema: "Acreditar na família é construir o futuro". Nesta reflexão, podemos ser orientados por algumas interrogaçãoes: "Por que acreditar na família?", "Em que família acreditar?", "Quem é que deve acreditar na família?".

ARA RESPONDER À PRIMEIRA PERGUNTA, devemos partir de uma verdade originária e fundamental: Deus acredita firmemente na família. Desde o início, dsde o "princípio", ao criar o ser humano à sua imagem e semelhança, homem e mulher, Ele quis colocar no centro do seu projeto a realidade do amor entre o homem e a mulher (cf. Gn1, 27). Toda a história da salvação é um apaixonado diálogo entre o Deus fiel, que os profetas descrevem com freqüência como o noivo e o esposo, e a comunidade eleita, a esposa, muitas vezes tentada pela infidelidade, mas sempre esperada, procurada e novamente amada pelo seu Senhor (cf. Is 62, 4-5; Os 1-3). A confiança que o Pai tem em relação à família é tão forte que, pensando também nela, enviou o seu filho, o esposo, que veio para redimir a sua esposa, a Igrejae, nela, cada homem e cada família (cf. "Carta às Famílias", 18).

A SEGUNDA INTERROGAÇÃO leva-nos a refletir sobre um aspecto de grande atualidade. Ao lado da dimensão religiosa da família, há também a sua dimensão social. O valor e o papel da família são igualmente evidentes a partir deste ponto de vista. Hoje, infelizmente, assistimos à difusão de visões deturpadas e mais perigosas do que nunca, alimentadas por ideologias relativistas, maciçamente propagnadas pelos "mass media". Na realidade, para o bem do Estado e da sociedade, é de importância fundamental salvaguardar a família assente sobre o matrimônio, compreendido como ato que sanciona o compromisso recíproco, publicamente expresso e regulado, a plena assunção das responsabilidades mútuas e em relação aos filhos, e o título dos direitos e dos deveres como núcleo social primordial, sobre o qual se fundamenta a via da nação.
Quando falta a convicção de que a família fundada sobre o matrimônio não pode, de maneira alguma, ser comparada a outras formas de Agregação Afetiva, está a ser ameaçada a própria estrutura social e o seu fundamento jurídico. O desenvolvimento harmônico e o progresso de um povo dependem, em vasta medida, da sua capacidade de investir na família, garantindo a níveis legislativo, social e cultural a plena e fetiva realização das suas funções e das suas tarefas.

Na realidade, para olhar com confiança para o futuro, é necessário que todos acredite na família, assumindo as responsabilidades correspondentes à sua própria missão. Assim, respondemos à TERCEIRA PERGUNTA, da qual partimos: "Quem é que deve acreditar na família?". Em primeiro lugar, gostaria de realçar o fato de que os primeiros garantes do bem da família são os próprios cônjuges, tanto vivendo com responsabilidade, todos os dias, os compromissos, as alegrias e os cansaços, como dando voz com formas associadas e iniciativas culturais, a instâncias sociais e legislativas idôneas para sustentar a vida familiar.
Uma particular responsabilidade pesa sobre os políticos e sobre os governantes. É justo que se esperem intrvenções legislativas, centradas sobre a dignidade da pessoa humana e sobre a correta aplicação do princípio de subsidiariedade entre o Estado e a família. É importante e urgente realizar plenamente um sitema escolar e educativo que tenha o seu centro na família e na sua liberdade de opção. E para desejar também um decidido salto de qualidade na programação das políticas sociais, que deveriam ser consideradas cada vez mais como a centralidade da família para decidir em conformidade com as suas necessidades, as opções nos âmbitos do planejamento residencial, da organização do trabalho, da definição do salário e dos critérios de arrecadação dos impotos.
As famílias não podem ser abandonadas a si mesmas pelas instituições e pelas forças sociais, no esforço de garantir aos filhos ambientes sadios, positivos e ricos de valores humanos e religiosos".




(Boletim 47 da Revista Vida e Família, -CNBB)
(
www.cnpf.org.br)

Nenhum comentário:

Postar um comentário